quarta-feira, 12 de março de 2014

Animais são abandonados em áreas alagadas em Rio Branco

Grupos de proteção a animais ajuda no resgate.

Centro de Zoonoses atende animais de famílias alojadas em abrigos.


Fonte: G1 Globo  escrito por Caio Fulgêncio

Aumenta o número de animais nas ruas de Rio Branco devido à cheia do Rio Acre (Foto: Quésia Mello/G1)

Com 18 bairros de Rio Branco afetados pela cheia do Rio Acre e mais de 4 mil pessoas nos abrigos públicos, cresce o número de animais nas ruas da capital. Segundo a presidente da Associação Patinha Carente, Vanessa Facundes, que promove a proteção a animais, durante este período de cheia, aumentou a quantidade de chamados recebidos para o resgate de filhotes de cães e gatos.
"Nós temos recebido filhotes que se perdem, gatos que estão sem mãe, que os donos não tem como levar e deixam para trás. Está sendo bem trabalhoso nesse período, estamos fazendo algumas campanhas para conseguir mais voluntários", conta.
Segundo Vanessa, além das ligações, alguns associados trabalham diretamente na retirada das famílias atingidas pelas águas e, aproveitam para fazer o resgate dos animais abandonados. "Alguns associados resgatam e levam para casa, mesmo sem poder. Nessa semana, a gente pegou dois filhotes de cachorro e muitos gatos", acrescenta.
Trabalho semelhante tem sido o da Sociedade Amor a Quatro Patas. De acordo com uma das integrantes, Danielle Castro, o grupo tem tentado atender a todas as denúncias, porém depende de lares provisórios e vagas na clínica veterinária que possuem parceria. "Quando a gente recebe denúncia e não pode atender, a gente pede para as pessoas denunciarem ao Batalhão de Polícia Ambiental", diz.
Danielle recomenda ainda que o melhor procedimento que pode ser adotado nesses casos é levar o animal para a casa de algum parente. "A gente pede para não abandonar e ir atrás de familiares que tenham uma casa para abrigar o animal, para que ele não vá ao Centro de Controle de Zoonoses, que já está muito lotado", fala.
Na Baixada do Habitasa, em Rio Branco, até mesmo animais identificados ficaram pelas ruas alagadas (Foto: Quésia Mello/G1)

No que diz respeito ao Centro de Controle de Zoonoses, a chefe de divisão, Michelinne Dantas, explica que os animais que dão entrada no local são de propriedade das famílias alojadas nos abrigos públicos da capital. E ainda aqueles encaminhados pelo Corpo de Bombeiros e Polícia Ambiental. Desde o início da enchente, o centro já recebeu ao menos 300 animais, dentre cães e gatos.
"Nós pegamos nome, endereço, telefone, número do boxe que a família está abrigada e colocamos uma numeração em cada animal que ela tem. A pessoa recebe um comprovante e quando ela retorna para casa, vai no Centro de Zooneses, faz a identificação do animal e nós levamos de volta para a casa. A entrega é em domicílio", explica Michelinne.

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